No dia 17 de novembro de 2018, realizou-se em Lisboa o primeiro ESU Urology Boot Camp. Tratou-se de um projeto conjunto entre a European School of Urology (ESU), a Associação Portuguesa de Urologia (APU) e o Centro de Formação Pós-graduada em Urologia (CFU), com o patrocínio do Colégio da Especialidade de Urologia da Ordem dos Médicos (OM). Baseado num inovador conceito de treino intensivo implementado em Leeds e tendo como matriz os programas de treino em laparoscopia (E-BLUS) e endoscopia (EST s1) da ESU, o Lisbon Urology Boot Camp teve como objetivo fornecer e treinar competências técnicas básicas à prática clínica diária da Urologia moderna.

O curso dividiu-se em 4 módulos de treino separados – Laparoscopia, Endoscopia do Alto Aparelho Urinário (URS semirrígida e flexível), Resseção Transuretral (RTU-V e RTU-P) e Endoscopia do Baixo Aparelho Urinário (cistoscopia rígida, cistoscopia flexível, algaliação e colocação de cistocatéter) – cada um com 4 modelos e 4 formadores. Fazendo uso de uma grande variedade de modelos reais e de equipamento urológico topo de gama, a faculty providenciou treino prático tutorado aos 16 internos de Urologia do primeiro ano da especialidade. Tratou-se de um programa de treino intensivo, com um total de 8h de treino totalmente prático, com uma razão modelo : formador : formando de 1:1:1, constituindo uma oportunidade ímpar para os Internos do 1º ano da Formação Específica em Urologia desenvolverem competências técnicas essenciais para a sua formação, de forma padronizada e tutorados por Urologistas de reconhecida qualidade técnica e formativa.

A qualidade do equipamento, a motivação e competência da faculty e a utilização de um plano de treino validado pela ESU foram os fatores que proporcionam o claro sucesso deste projeto piloto. Para além da realização do curso em Portugal com uma periodicidade anual, está planeado o desenvolvimento de um projeto a nível Europeu, entre a ESU e as associações nacionais, de forma a implementar o ESU Urology Boot Camp ao nível dos vários países europeus, de forma a permitir aos internos de Urologia o acesso a um currículo integrado e padronizado de treino em competências técnicas, com início numa fase precoce da sua formação.


 

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